quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Política, muita política na ECO-UFRJ

Acostumados a cobrir ações, principalmente, do Congresso e do Executivo, os jornalistas da editoria de política passaram a olhar mais para o Judiciário com o julgamento do Mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Esta é uma das percepções do repórter de O Globo e professor da PUC-Rio Chico Otávio, contada em debate no Auditório Pedro Calmon, parte da VI Semana de Jornalismo da Escola de Comunicação (ECO), da UFRJ, na manhã desta quarta-feira (28).

Chico Otávio também destacou o desafio de traduzir o “juridiquês” dos ministros do STF para os leitores e escrever sobre o julgamento de um escândalo que ocorreu há sete anos.

– Sobre o escândalo em si havia muito pouco fato novo. Não tinha da investigação em si, algo novo a noticiar. Então, o foco tinha que ser na discussão jurídica, e você também ia logicamente acompanhar a repercussão.

Ele se recordou que, este ano, o julgamento e as eleições municipais disputaram manchete e espaço no jornal. O favoritismo de Eduardo Paes, porém, favoreceu para a concentração dos jornalistas ficar com a votação do STF, em Brasília. Como consequência, a informação sobre a corrida para a Câmara dos Vereadores ficou ainda mais prejudicada.

A secretária de redação da sucursal da Folha S.Paulo no Rio de Janeiro, Cristina Grillo, lembrou que o Mensalão desperta paixões e polêmicas. A jornalista, que também tem formação em Direito, entrevistou o jurista alemão Claus Roxin em novembro deste ano sobre a teoria do domínio do fato, citada no relatório do ministro Joaquim Barbosa e pelos advogados de defesa. Roxin, responsável por aprimorar a teoria, estava no Rio para participar de um seminário, e Cristina aproveitou para conversar sobre o assunto. O feedback, no entanto, foi confuso, “uma chuva de queixas, reclamações e elogios”.

– Você é xingado de todas as maneiras pelas pessoas. Sempre pelo pseudônimo. Mesmo quando você faz matéria que pretende ser técnica, no sentido de explicar aquilo sobre o que as pessoas estão falando – reclamou Cristina, que acha “interessante ser acusada de estar de um lado ou de estar do outro” para confirmar que está ouvindo todas as versões possíveis.

Consequências do fim do monopólio da fala e do papel cada vez maior das redes sociais, como lembra o jornalista de O Dia Fernando Molica. A cobertura política, contou Chico Otávio, também passou por mudanças. Enquanto nos anos 50, ficava muito concentrada na sessão plenária, no discurso, hoje “muitas vezes um gesto, uma expressão, um abraço, um aperto de mão podem ser mais importantes que um discurso”.

Apesar das diferenças com o passar dos anos, Molica criticou a cobertura de política dos veículos de comunicação. Para ele, falta analisar patrimônios de políticos, privatizações, doações de empresas para campanhas políticas para acompanhar com mais rigidez o desempenho dos eleitos. Molica se recordou que a estreita relação da Delta Construções com o Governo do Estado do Rio só foi desmascarada depois de o helicóptero do empresário Fernando Cavendish cair na Bahia, em junho de 2011. O jornalista revelou que a proximidade já era sabida, mas faltavam prova e tempo para investigar o caso.

– O maior problema é dinheiro para investir. Tirar um repórter [do dia a dia da redação] custa dinheiro. Tem que pagar fotógrafo, pagar viagem, e as redações estão cada vez mais enxutas – disse Molica, sobre o porquê de os jornalistas não terem olhado os contratos da empresa antes da queda do helicóptero.

Para Mario Augusto Jakobskind, correspondente do jornal uruguaio Brecha, a regulamentação da imprensa e a ampliação do espaço das mídias pública e comunitária são o caminho, porque “a imprensa [brasileira] hoje é um aparelho ideológico das elites”.

– Sem isso, a democracia vai ficar enfaixada. Não é uma verdadeira democracia. Sem acesso a informação para todos não há democracia. Vamos ficar eternamente sem atacar o principal – reforçou Jakobskind, que enxerga Venezuela e Argentina como exemplos a ser seguidos.


Leia também: 
O tiroteio virtual na internet, de Fernando Molica

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Debates, palestras e oficinas na ECO-UFRJ


Os jornalistas Cristina Grillo, Chico Otávio, Fernando Molica e Mario Augusto Jakobskind participam de debate sobre o jornalismo da editoria de política, das 9h às 12h, nesta quarta-feira (28), no Auditório Pedro Calmon, na Escola de Comunicação (ECO) da UFRJ. A mediação é de Suzy Santos. O encontro faz parte da VI Semana de Jornalismo da universidade, conhecida como Meio a Meios 2012. Leia mais.

Nesta terça-feira (27), a ECO reuniu profissionais para discutir o jornalismo ambiental. Já na próxima quinta (29), será a vez de Luiz Ernesto Magalhães, Maurício Torres, Renato Cosentino e Carlos Alberto Vieira irem à universidade. A mediação fica por conta da professora Cristina Rego Monteiro.

À tarde, haverá oficinas sobre conteúdos variados. As desta quarta-feira são:
Webativismo com Gustavo Barreto, das 17h30 às 19h30;
Radiojornalismo com Rodolfo Schneider, das 13h às 15h, na sala 105A;

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Quando a imprensa censura

O Twitter suspendeu na segunda-feira da semana passada (19) a conta Times Is On It, depois de The New York Times acusar o dono do log in, que ironizava o jornal, de violação da marca. Mais de 25 mil pessoas seguiam Times Is On It, que tinha entrado para a lista dos 140 melhores Twitters de 2012.

A relações públicas Eileen Murphy falou que é importante que os direitos autorais do The Times fiquem protegidos e que contas paródias ou outros perfis não-oficiais deixem claro que não são ligados nem aprovados pela empresa. Eileen também reclamou que a conta fazia uso do iconic "T" no avatar, imagem também usado pelo veículo.




Esta, porém, não é a primeira vez que um veículo de comunicação grande encrenca com paródias na internet. Já se arrasta há um tempo o processo que o jornal Folha de S Paulo entrou contra os irmãos Lino e Mário Ito Bocchini, criadores do blog Falha de S Paulo. O blog da dupla foi tirado do ar em setembro de 2010, quando uma liminar cassou o domínio e o conteúdo.

Hoje, eles mantêm o blog Desculpe a nossa FAlha, em que atualizam o andamento do processo. A ideia de satirizar a Folha se espalhou pela web, e vários blogs similares foram criados. Veja algumas das sátiras no tumblr da Falha. Já para entender melhor o que houve, o blog Desculpe a nossa FAlha criou o espaço "entenda o caso".

Os obstáculos das grandes montadoras

Para o CEO do grupo Renault-Nissan, Carlos Ghosn, o Brasil não forma o número suficiente de engenheiros. Ele acredita que, a curto prazo, haverá aumento de salário e importação de profissionais. O decano do Centro Técnico Científico (CTC), Luiz da Silva Mello, ressalva que a quantidade de alunos de Engenharia na PUC-Rio aumentou 50% de 2007 para 2012, quando alcançou a marca de 3,5 mil estudantes. Em palestra nesta segunda-feira (26), no Auditório Padre Anchieta, Ghosn aponta a infraestrutura e a falta de competitividade de setores brasileiros como os principais obstáculos para o aumento da produção de automóveis no país.

– Falta investimento em infraestrutura – estrada, aeroporto, eletricidade. Quando se compara o Brasil com México, Indonésia, China e Índia, o Brasil tem potencial forte, mas tem um dos maiores obstáculos: a infraestrutura.

Ghosn acrescenta que, apesar de o país ser o primeiro produtor de minério de ferro do mundo, o aço mais barato não é brasileiro. A commoditie sai do Brasil para a Coreia do Sul para ser transformada em aço e volta para o Brasil a um preço menor que o brasileiro.
Reprodução/Internet

Ele enxerga ainda uma mudança geográfica da indústria automobilística. Para ele, o investimento caminha para a Ásia e para o Hemisfério Sul, com necessidade de mais capacidade de produção e desenvolvimento principalmente nos BRICs e nos países africanos.

A tendência é as fábricas ficarem localizadas nos países em que os veículos são vendidos, conta Ghosn. Como exemplo, cita a da Nissan em Resende, interior do Rio de Janeiro, programada para começar a funcionar em 2013.

– Nos anos passados, você produzia o carro nos Estados Unidos, na Europa ou no Japão e vendia para o resto do mundo. Hoje isso não funciona. Tudo vai ficar mais localizado. Isso significa que os empregos gerados pela indústria automobilística vão ficar localizados também.

Já a chegada de carros elétricos da Renault-Nissan ao Brasil, para Ghosn, não parece estar tão perto. Ele afirma que “é impossível produzir e vender hoje no Brasil. O brasileiro compra o carro elétrico se o preço for razoável. Se for caro, ele quer que o vizinho compre”.

Ghosn lembra, inclusive, que alguns governos dão incentivo fiscal direto para quem compra carro elétrico – o que não ocorre no Brasil. Ele reforça que a tecnologia para poluir menos é mais cara e, para facilitar a expansão dos “carros verdes”, alguns países taxam de acordo com a emissão de CO2. Até os taxis de Londres e Nova York vão mudar: serão da Nissan, porque a montadora se comprometeu a entregar carros elétricos.

Leia também: 
Carro elétrico já é realidade, mas não no Brasil, de Caio Lima para o Portal PUC-Rio Digital em 06/09/2011

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

A paixão pela máquina

O sorriso foi a principal forma de comunicação na Índia para Felipe Fittipaldi, cinegrafista da TV Globo e fotógrafo colaborador para Folha de S.Paulo e Veja Rio. Formando em 2007 em Jornalismo pela PUC-Rio, Fittipaldi voltou nesta sexta-feira (23) à universidade para falar da experiência de três meses na Ásia, para onde ganhou passagem aérea em concurso de fotografia realizado pela empresa Air France, e da vida no mercado de trabalho. 

O destino de Fittipaldi foi Ladakh, no Himalaia. Ele lembra que a escolha do local esteve relacionada ao baixo custo de vida, que teria de ser pago por ele, e ao alto preço de passagens aéreas para o continente. Apesar disso, Fittipaldi se hospedou algumas vezes na casa de moradores, que, gentilmente, não cobravam nada. Ele, porém, dava contribuições como forma de agradecimento. 

– Foi um trabalho divisor de águas, que mudou a minha relação com fotografia e abriu portas – recorda-se Fittipaldi, que esteve lá em 2008 e chegou a escrever uma reportagem, mas não a publicou. 

Além disso, o fotógrafo contou como funciona trabalhar para uma revista semanal, Veja Rio, e um jornal diário, Folha de S.Paulo. Segundo ele, para a Veja Rio, ele pode levar a foto para casa, pensar com tempo. Há, ainda, uma editora de arte que pauta de forma precisa a foto que ele precisa fazer. Ele ressalva, porém, que também pode fazer fotos com ideias dele. 

Já para a Folha, Fittipaldi lembra que não tem tempo de editar e corre para enviar a foto para o site do jornal. 

– Você senta num cantinho e manda as fotos por FTP para o site da Folha de S. Paulo. Vai do jeito que for, o importante é estar ali agora – diz Fittipaldi, que admite não gostar muito do “imediatismo”. 

Fora o concurso da Air France, Fittipaldi acumula outro prêmio na carreira: O olhar de fora da favela, do jornal O Globo, que o premiou com R$ 10 mil. Ele se lembrou de que a foto foi feita durante uma semana que ele passou com um repórter da Veja Rio dentro da favela Santa Marta, em Botafogo. O fotógrafo acrescenta que classifica como desrespeitoso a forma com que alguns profissionais trabalham dentro das favelas. Ele acredita que o fotógrafo tem de ser discreto, mas tomar cuidado para as pessoas não reagirem mal à câmera fotográfica. 

A paixão pela máquina surgiu quando Fittipaldi optou por cursar fotografia em Utah, nos Estados Unidos, onde estava para estudar o idioma. O domínio da língua inglesa não era pleno, então ele quis fotografar. Ali, ele não sabia a câmera poderia ser mais que um hobby. Anos depois, como fotógrafo do Projeto Comunicar, da PUC-Rio, ele ainda acreditava que “fotografia era divertido demais para ser uma profissão”. 

Hoje, Fittipaldi trabalha em três veículos de comunicação e conta histórias por meio de narrativas visuais.

Veja o ensaio fotográfico de Felipe Fittipaldi em Ladakh:


Leia também:
Modernização da fotografia exige profissional "midiático", de Carolina Bastos para o Portal PUC-Rio Digital em 25/05/2011

domingo, 18 de novembro de 2012

A super-produção da Caravana JN

Caravana JN: "Éramos como grupo de rock" 
Por Gabriela Caesar para o Portal PUC-Rio Digital em 30/09/2011

E se os apresentadores do Jornal Nacional fossem às ruas do Sul ao Norte do país? A "janela" – aberta nos anos das duas últimas eleições presidenciais (2006 e 2010) – "mostrou a cara do brasileiro”, constata a jornalista Maria Paula Carvalho. Ela aproveitou o período de férias para juntar-se à equipe do JN na jornada de 62 dias. Os bastidores viraram Caravanas da Identidade - Por dentro da maior reportagem do Brasil e perto dos brasileiros (Editora Sulina, 238 páginas, R$ 36), lançado no ano passado. Maria Paula contou parte dessas histórias aos estudantes da PUC-Rio (assista à palestra), na terça-feira (27). Ela reconheceu a dificuldade em consumar a novidade num telejornal de mais de 40 anos, com a audaciosa produção de 52 reportagens no percurso de quase 17 mil quilômetros.

Desdobramento da dissertação de mestrado de Maria Paula, feita entre 2007 e 2009, com orientação do professor Leonel Aguiar, o livro conta histórias da aventura jornalística e analisa o impacto da TV no comportamento da sociedade. Para o também jornalista Ernesto Paglia, autor de Diário de bordo - JN no ar (Editora Globo, 376 páginas, R$ 49,90), as publicações são complementares.

A então editora e produtora-executiva Gisele Machado, também presente na palestra, recordou que, por mais que tivessem sido programados serviços, hotéis, refeições etc., a equipe passou por muitos “perrengues”. Como ter de dormir em motel e arrumar uma posição na qual a antena não balançasse. Apesar das dificuldades, Gisele destacou a "atenção e o tratamento dado pela população ao trabalho do JN". 

– Éramos como um grupo de rock que não cantava coisa alguma – comparou.
                                     Reprodução/TV


A Caravana, acrescentou Maria Paula, criou novos laços sociais, "uma relação de afetividade, carinho, das pessoas com os apresentadores." Ela acredita que, a partir dessa experiência, o Jornal Nacional passou a ser "recebido de outra forma em casa". A jornalista também destacou a competitividade entre as cidades, quando a caravana chegou ao Nordeste: “Era cada cidade querendo fazer mais bonito que a outra”.

No ano passado, o ônibus foi trocado por um avião. Em parte, para resguardar o "fator surpresa", que se tornava mais difícil à medida que "as pessoas já tinham uma ideia de onde o ônibus ia chegar", conta Gisele. Segundo ela, também pesaram problemas de infraestrutura nas estradas brasileiras, que obrigava a Caravana a manter um mecânico na equipe:

– Apesar de ser o ônibus do JN, era uma cenografia ambulante. Parafernália toda, sem ar-condicionado – ressalvou.

sábado, 17 de novembro de 2012

SOS Rocinha

A vista da casa de Tiago Sacramento e Janaina Pinto é um amontoado de lixo – carrinho de bebê, sofá, televisão, mesa, sacolas de lixo, restos de propaganda política, garrafas PET. O imóvel fica na região da Rocinha conhecida como Roupa Suja, próximo ao Túnel Dois Irmãos, e estava abandonado antes de o casal chegar. 

Sacramento conta que os antigos moradores foram retirados para a casa ser demolida, por causa das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O segundo e terceiro andar já se foram, lembra, e agora falta derrubar onde eles vivem. Antes de se mudar para a habitação, há um ano, o casal morou em outras áreas da favela e, por último, acampou na Praia de São Conrado durante toda a gestação da segunda filha da união, Thainá. 

– Teve uma ressaca que quase “pegou” a gente de madrugada. Sorte que eu acordei, e a gente saiu correndo, senão ia cair dentro da vala – recorda-se Sacramento. 

Na Roupa Suja, em vez de se preocupar com o mar, Janaina e Sacramento precisam ficar atentos a ratos, baratas e aranhas que invadem a casa. Para isso, contam com a ajuda do vira-lata Sinistrinho, que tenta matar, principalmente, os roedores. 

O casal afirma que descarta o lixo numa lixeira depois de alguns lances de escada abaixo, mas, pela quantidade de lixo, não é o que a maioria dos moradores faz. “As pessoas deixam o lixo na porta delas, na porta dos outros, largam o lixo no beco. Quando alguém joga lixo aqui, eu berro ‘isso não é lixeira, não!’”, reclama. 

Foram outros problemas da favela, porém, que fizeram Sacramento parar no Hospital Municipal Miguel Couto e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Rocinha. 

– Eu pisei no esgoto, dentro da vala, e um jato de água veio na minha cara. Deu infecção, e eu senti dor no estômago. A vizinha tinha me pagado R$ 50 para eu limpar e aconteceu isso – conta, sobre a época em que morava na Rua 4, na Rocinha.

Outros becos da Rocinha:


Direito de resposta para a Comlurb - 21/11/2012:

Para remover o lixo das encostas, a Comlurb disponibilizou garis alpinistas na Rocinha, principalmente na localidade "Roupa Suja" que fica em cima do túnel Zuzu Angel. A interrupção dos serviços aconteceu devido às chuvas dos últimos dias. E os resíduos são removidos à medida que a limpeza é feita. Hoje, dia 21, os serviços foram retomados. Esses trabalhadores foram treinados com apoio de técnicos da Defesa Civil e utilizam técnicas de manejo com equipamentos de segurança. Apesar do esforço em manter limpas as encostas, os moradores insistem em jogar lixo no local, fazendo com que a operação emergencial se torne uma rotina. A limpeza de encosta está sendo realizada a cada 15 dias. A Comlurb mantém uma base na parte baixa da comunidade, próxima aos pontos de ônibus, para que os moradores façam o despejo dos resíduos. Também há uma caixa para receber entulho dos moradores. 

Embora seja uma área com passagem constante da população da Rocinha, alguns moradores insistem em jogar o lixo nas encostas, valões, vielas e ruas.

A Rocinha, onde antes da ocupação pelas forças de segurança havia duas bases com caixas compactadoras, passou a contar com quatro bases com caixas compactadoras, com capacidade para oito toneladas de lixo, nos pontos principais da comunidade, que são retiradas duas vezes ao dia. As bases estão disponíveis com essas caixas para recebimento do lixo domiciliar e outras para receber entulho e bens inservíveis encaminhados voluntariamente pela população, e para o lixo e materiais diversos coletados pelos veículos de apoio. Futuramente serão ampliadas as bases para coleta.

A coleta de lixo na Estrada da Gávea e ruas de acesso é feita diariamente e passou a ser duas vezes ao dia, de segunda-feira a domingo.

Antes da pacificação, 30 garis atuavam e, a partir dela, 70 foram contratados e hoje 100 garis atuam na Rocinha.

Atualmente são removidas 120 toneladas de resíduos por dia e antes da pacificação a quantidade era de 80 toneladas/dia.

No período da ocupação, de 14 a 18 de novembro de 2011, os garis da Comlurb retiraram 619 toneladas de resíduos das três comunidades. Atuaram 320 trabalhadores, entre equipes da Rioluz, Comlurb e Coordenadoria Geral de Conservação. Foram utilizados caminhões basculantes, pás mecânicas, caminhões conjugados de drenagem, caminhões cesto, caminhões coletores, varredeiras, poliguindastes, mini-tradores, kombis, compressores e outros veículos leves.A Rocinha também recebeu, nesse período, uma ação de controle de roedores por trinta técnicos e auxiliares de controle de vetores.

É atribuição da Comlurb somente o controle de roedores. A Gerência de Controle de Roedores da Comlurb efetua, semanalmente, intervenções químicas contra roedores em locais críticos da Rocinha como: escolas, incluindo o CIEP, creches, UPA, pontos de descarte de resíduos, valões, etc. Também atende aos pedidos encaminhados pela Associação de Moradores. Para atendimento às residências, os moradores devem solicitar através do Teleatendimento 1746, que funciona 24 horas.

Atenciosamente,

Coordenadoria de Comunicação Empresarial COMLURB