quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Os imprevistos no jornalismo

Os imprevistos são importantes e fazem parte da profissão. Essa foi uma das lições que o repórter da Globo News Rodrigo Carvalho, de 25 anos, levou na carreira profissional. O jornalista esteve na cobertura do resgate dos 33 mineiros no norte do Chile, há aproximadamente dois anos. A permanência dos mineiros durante dois meses debaixo da terra teve, entre as consequências, o livro de Carvalho, Vivos Embaixo da Terra: Relatos de um Repórter no Resgate Histórico dos 33 Mineiros no Chile (120 Páginas, Editora Globo, 2011). A obra reúne histórias dos bastidores da primeira cobertura internacional dele, algumas contadas por Carvalho, ontem de manhã, na PUC-Rio, em comemoração aos 25 anos do Projeto Comunicar. 

Ele lembra que se envolvia em todas as etapas da reportagem, pois tinha de assumir funções da produção, dirigir o carro, reservar o hotel, etc. Desde a saída do jornalista da redação no Rio de Janeiro, porém, a imprevisibilidade já cercava Carvalho: 

– Estava na inauguração de um laboratório da Petrobras, cobertura para o Jornal das Dez, e aí me liga a editora-chefe do [programa] Sem Fronteiras, Renee [Castelo Branco]. ‘Queria combinar com você o esquema da cobertura dos mineiros no Chile’. Ninguém tinha me falado nada – recordou na palestra para 60 alunos de Comunicação Social. 

Nem todas as lições, porém, foram fáceis de lidar. Quando estava no Chile, o para-brisa do carro alugado ficou estilhaçado por causa de uma pedra, e ele teve de conversar com a locadora de automóvel. Mas a sorte prevaleceu na carreira jornalística, principalmente, na cobertura do resgate dos mineiros: 

– No Chile, quando houve o resgate, a cobertura foi para frente do hospital. Mas eu estava lá dentro, porque eu tinha ido ao banheiro. Fiquei lá dentro, com o meu crachá. A gente foi para a ala dos mineiros e os filmei. Perguntei se eles estavam bem. A matéria do Jornal das Dez foi toda com as imagens do celular.

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